terça-feira, 14 de junho de 2011

TFM Awards

Pois bem, cá estou em processo avançado de readequação à vida em sociedade - e de reintoxicação em São Paulo. Já encontrei a Gi e minha família; meus amigos encontrarei a partir dessa semana. O que significa que, em breve, estarei pronto pra mais uma!! 

(Hehehe, brincadeira)

A viagem de volta foi boa, apesar da longa turbulência (parecia que tinha alguém me segurando pelos braços e me chacoalhando, e isso durou umas três horas) e da escala em Londres (mas, como vocês já sabem, gosto tanto de lá que até conexão em Heathrow me diverte).


Enfim, agora é sério - depois deste post, finito. Como diria Joey Belladonna: over, finished, done, gone, out. Sem mais TFM. Quem sabe eu não arrumo um outro assunto interessante (vai ser difícil) para desovar o ruído permanente que existe dentro desta cabecinha e continuar importunando meus tolerantes amigos? 

Mas, antes de passar a régua… Todo mundo me pergunta: "de que lugar você gostou mais?", e eu respondo com outra pergunta, "fora o Japão, você quer dizer?" - porque ali é sacanagem, hors-concours. Mas pra fazer justiça, a verdade é que depende muito, cada lugar tem seu encanto. Como eu já tinha dado a deixa no post anterior, aqui vai o sensacional, incrível, tão aguardado (menos, menos)… TFM Awards!

Categoria "Necessidades Básicas"

 - Melhor hostel: Khaosan (Tokyo e Kyoto)

 - Pior hostel: Anker (Oslo)

 - Povo mais simpático: japonês

 - Língua dos infernos: empate técnico entre japonês, russo e islandês

 - Aeroporto mais bacana: Queenstown

 - Calor dos infernos: o primeiro domingão em Prien

 - Frio do cão: Vladivostok

 - Manjar dos deuses: qualquer café da manhã, almoço ou jantar no Japão

 - Maior pecado cometido: comer carne de baleia na Islândia (sorry, 1000 chibatadas, eu sei)

Categoria Sightseeing

 - Paisagem mais inacreditável: qualquer uma na Islândia

 - Melhor "janela de trem": região do Tirol, Áustria

 - Melhor "janela de avião": empate entre as planícies negras da Islândia e as montanhas de Queenstown

 - Melhor programa de verão: Bondi Beach, Sydney

 - Melhor programa de inverno: nevasca com obstáculos em Listvyanka

 - Prêmio Gatorade: trilha em Kampenwand (Bavária)

 - Prêmio desfibrilador: Bungee Jump em Queenstown

 - Cidade mais bacana que eu NÃO visitei: Seul (o aeroporto é demais, rsrs!)

 - Coisa mais bacana que eu NÃO faria em São Paulo: assistir aos treinos da F1 (Melbourne)

 - Cidade dos sonhos: Londres

 - Cidade mais suja: Oslo

 - Cidade mais sinistra: Oslo

Categoria "TFM Também é Cultura"

 - Melhor noitada: Reykjavik

 - Museu mais incrível: Hermitage (St. Petersburg)

 - Museu mais bizarro: MONA (Hobart)

 - Programa cultural inesquecível: empate entre Concerto no Bolshoi (Moscow) e exposição da Annie Leibowitz (Sydney)

 - Maior mico: ver o "show de mulatas" numa balada em Prien

 - Melhor programa de última hora: Iron Maiden ao vivo em Munique

 - Trilha sonora da trip: qualquer uma das bandas islandesas que tocaram na inauguração do Harpa

Categoria "Faz-me-Rir"

 - Maior facada: táxi em Vladivostok

 - Maior barganha: garrafa de vinho na Alemanha

 - Melhor "retail therapy" - bugigangas em geral: Kyoto

 - Melhor "retail therapy" - CDs: Munique

 - Cidade mais barata: qualquer uma no Japão (acredite se quiser!)

 - Cidade mais cara: Oslo

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Hello Goodbye

Engraçado. Sempre achei que aqui na Alemanha eu teria tempo de sobra. Afinal o curso termina, todo dia, pontualmente às 16h30. Mas é impressionante como eu tenho a capacidade de inventar compromissos e atividades sociais. No fim, mal acabei escrevendo no blog, nem comecei meus livros, minhas tão desejadas fartas horas de sono simplesmente não deram as caras e só dei duas corridinhas ao longo do lago. Mas, claro, não me queixo. 

Contribuiu muito o fato de eu ter tido a sorte de pegar uma turma muito, mas muito legal. Fazia tempo que eu não via um grupo "dar liga" tão rápido. Éramos ao todo seis alunos da mesma classe, mais um brasileiro "emprestado" da sala ao lado. Já no segundo dia parecia que nos conhecíamos há algum tempo, e a convivência só melhorou desde então. E olha que eu era a "ovelha negra" ali - o único maluco que não trabalha na mesma empresa e resolveu aprender alemão por conta. Fizemos várias coisas juntos: demos rolê, cozinhamos rango, tomamos algumas, e nas horas vagas (rs) estudamos essa língua do demo. O astral estava tão bom que fizemos amizade até com gente que conhecemos no trem. Apesar das origens, idades e personalidades diferentes, são todas pessoas muito especiais, daquelas cujo contato a gente espera que o tempo e a distância não tratem de esvaziar. 

A escola também foi uma coisa de outro mundo. Você consegue sentir claramente no ar que existe algo especial ali com aquele pequeno grupo - três professoras, sendo que uma é de fato a dona da bola. Rola uma preocupação e um carinho muito verdadeiros com o aluno e com a pessoa, e o nível cultural delas vai muito além do conhecimento da língua propriamente dito. Nunca me diverti tanto numa sala de aula. E me senti muito paparicado - ganhei até presente! Mas o que realmente importa é que, tenho a impressão, devo ter aprendido o equivalente a pelo menos uns dez meses de um curso regular. Claro, o modelo "intensivão", defendido com unhas e dentes pela direção, ajuda; mas o mais legal é que eles não caem na tentação de entupir o aluno de informação prática (leia-se vocabulário e frases feitas sob medida para o ambiente corporativo) sem dar a devida atenção à base da língua (leia-se gramática). A nota triste é que esse curso aparentemente foi o último da escola; devido à crise, à dependência de um único cliente e ao declínio do interesse pelo idioma, o instituto vai fechar as portas (evitemos quaisquer alusões ao meu famigerado "Toque de Sidam", bitte). Mas tomei gosto pela coisa e espero muito que consiga dar um seguimento decente no Brasil. 

Enfim, foi melhor desfecho possível para estes três meses em que tudo, simplesmente tudo, foi sensacional.

* * *


E falando nisso… pois é, meus amigos. A farra tá acabando. Possivelmente esse seja o último post da TFM. Ou pelo menos, o último post enquanto eu estiver "em TFM". 

Confesso que pensei em escrever várias coisas nessa última etapa da tour. Pensei em fazer uma retrospectiva (tipo um "TFM Awards", hehehe!), pensei em comentar coisas práticas da vida "on the road" (ou "on the airport"), pensei em mostrar mais-fotos-ainda-não-publicadas. Talvez eu faça isso uma outra hora. Mas resolvi fazer mais fácil agora. Simplesmente botar pra fora o que eu tou pensando e sentindo.

Todo mundo me pergunta se eu estou triste com o fim da viagem ou feliz por estar finalmente voltando. Juro que não sei responder - deve ser uma mistura dos dois sentimentos. Eu acho que viajar é uma das melhores coisas da vida - e depois de ficar, pela primeira vez, fazendo isso por tanto tempo, tenho cada vez mais certeza disso. Por outro lado, sinto muita falta da Gi, da minha família e dos meus amigos, mesmo tendo sido esta minha viagem mais "conectada". Tão aqui os posts, e os comentários de lado a lado, que não me deixam mentir. 

(Aliás, às vezes me pergunto se antigamente, quando não havia skype, blog, ou sequer internet, uma viagem desse tipo não teria um charme a mais. Cartas para a redação.)

Além das pessoas queridas que me esperam no Brasil, tenho saudade de um monte de coisa. Da minha cama. De escutar os meus CDs ou assistir os meus DVDs de metal. De ver um jogo do SPFC na TV (mesmo que seja ruim de doer). De comer coxinha no Ugue's. De assistir um filme "lado B" na Paulista. Por outro lado, vou sentir falta da adrenalina de conhecer um lugar novo a cada dia. De estar com os meus sentidos aguçados o tempo inteiro. De, quem diria, escrever no blog! E, sorry pelo aparente pedantismo, de viver, mesmo que por um curtíssimo espaço de tempo, em cidades com qualidade de vida láááá em cima. De fora, chega a ser inexplicável como se consegue viver em um lugar bizarro (pra dizer o mínimo) como São Paulo. Mas isso é assunto para outro post. Ou não. 

Fato é que foi tudo demais de bom. Há três meses eu não sabia direito no que eu estava me metendo. Confesso que na véspera (só na véspera) de sair me bateu um frio na barriga e, talvez, um receio de me arrepender - ou simplesmente me encher o saco - no meio do caminho. Claro que é uma viagem de lazer, e algo que eu tanto quis e programei, mas mesmo assim muita coisa podia dar errado. Mas não. Fora os desastres internacionais que se prenunciaram (rsrs), todo o resto também deu muito certo. Não fiquei doente. Nenhum vôo foi cancelado ou atrasado. Não fui assaltado. Não perdi nada pelo caminho a não ser um par de meias - o que é uma proeza em se tratando deste que vos escreve. E, believe it or not, praticamente não choveu! :o

Agora, mais importante que a vida boa, no fim das contas também acho que a viagem serviu ao digno propósito original, que era me "reapresentar" a mim mesmo. Se eu encontrei respostas para os meus dilemas interiores? Hmmm, talvez sim, talvez não. Ainda não sei, e acho que também preciso retomar contato com a realidade e colocar tudo em perspectiva para saber. E isso leva mais um tempinho. Mas quero crer que, hoje, me conheço um pouco melhor e que vou ter mais confiança para, independentemente de quando (ou se) precisar, tomar decisões mais radicais na minha vida. 

Pra arrematar: muita gente me diz que gostaria de fazer a mesma coisa. Só posso responder:  o que você está esperando pra começar a correr atrás? :)

domingo, 5 de junho de 2011

Up & Down

Conforme o previsto, piquei a mula no sábado para Innsbruck, capital do Tirol austríaco. A cidade fica no meio dos Alpes, e apesar de mais conhecida por ser uma estação de esqui, vale a visita em qualquer época do ano. O visual das montanhas cercando a cidade e do rio cinza-esverdeado que a corta é simplesmente magnífico!

O centro de Innsbruck, como muitas das cidades européias, é cheio de calçadões charmosos e construções históricas - com destaque para o Hofburg, um dos palácios imperiais dos Habsburgo. Dada a proximidade, a quantidade de italianos é absurda - o idioma de Paolo Rossi (sorry, foi o italiano famoso que me primeiro lembrei) é certamente o segundo mais falado na região. E adivinhem qual era a outra caravana tão numerosa quanto?? Tá certo que brasileiro é que nem pomba cinza (tem em todo lugar), mas no sábado foi exagero!


Hoje, domingão, fomos com a Iris (moça que conhecemos, e de quem ficamos amigos, dentro do trem, acredite) para uma cidade chamada Aschau, que fica no extremo sul da Bavária, a uns quinze minutos de Prien. Lá fizemos uma trilha em Kampenwand, uma montanha cujo cume fica a 1.700m de altura. Eu achava que seria tranqüilo, mas a partir de determinado ponto você começa a usar mais as mãos que os pés, e a caminhada vira quase uma escalada na pedra! Não preciso dizer que foi sensacional, que a paisagem ali de cima (a montanha fica nos chamados "pré-Alpes") é de tirar o fôlego... e que a descida foi tão emocionante quanto a subida, hehehe!


Depois de muito cansaço (o sol tava a pino hoje), voltamos a Prien pra nadar no Chiemsee. A "praia" local é um gramadão que termina na beira do lago. A água estava bem agradável para os padrões locais, o que significa razoavelmente gelada para os nossos, mas mesmo assim foi bem divertido! 

Será que eu vou conseguir pegar um mínimo de bronze… na Alemanha? :o

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Mutter Dinah

Eu sou a Mãe Dinah da era cibernética. Pra quem duvida, tem uns dois ou três posts perdidos por aqui que comprovam minhas previsões. Depois das efemérides e desgraças em TODOS os lugares que passei (terremoto na Nova Zelândia, incêndios e enchentes na Austrália, tsunami e desastre nuclear no Japão, atentado a bomba na Rússia, ameaça terrorista na Inglaterra e erupção na Islândia), só faltava dar m…. na Alemanha. Mas como minha Tour do Fim do Mundo não é só marketing e realmente traz resultados concretos, taí: centenas de mortes causadas pela tal da bactéria maldita dos legumes.


Eu não sei devo pensar que tenho o toque de Sidam (Midas ao contrário) ou se devo crer que sou o cara mais rabudo do universo - por ter passado sempre um pouco antes ou um pouco depois das catástrofes. Ops, menos agora! Tenho tomate, batata, cenoura e rúcula aqui na minha geladeira. Comer ou não comer, eis a questão! Será que finalmente chegou a minha hora?

Se eu sobreviver a mais esta, você aí que mora em São Paulo, cuidado! Estou voltando dia 12 ;)

* * *

Foto: Chiemsee, Prien

terça-feira, 31 de maio de 2011

The Final Frontier

(Do nada, uma voz grave surge do céu)

— Ei, Roberto!
— Ops, quem falou comigo?
— Aqui em cima. Sou Eu!
— Ah! 
— Então, é o seguinte. Você é um cara bacana, se comportou direitinho na viagem. Vou te fazer uma preza!
— Opa, não precisa, senhor Deus! Eu já me diverti bastante, a viagem tá no fim e…
— Fica quieto, não reclama! Vou te dar um presente, não é sempre que eu faço essas coisas. O que você quer?
— Tipo, qualquer coisa?
— Qualquer coisa!
— Ganhar na loteria?
— Tá, qualquer coisa MENOS ganhar na loteria! Essa não rola, é muita gente pedindo. E, convenhamos, que falta de criatividade!
— Hmmm, então deixa pensar. Sei lá, um show do Iron Maiden!!! Rola?
— Um show do Iron Maiden… É um pedido estranho. Mas tudo bem! Posso providenciar.
— Sério??
— Sério! Não confia em Mim? Terça-feira tá bom?
— Tá! Mas é meio em cima, não? E o ingresso?
— Pô, aí também não dá. Te vira aí! Que eu tenho mais o que fazer agora!
— Beleza! Valeu!!!
— Tchauzinho.

Eu tenho quase certeza que o diálogo acima deve ter rolado de verdade. Era domingo e eu, ainda chateado por ter perdido um show do Amorphis no dia anterior, navegava na Web sem rumo certo. Pulando de link em link, descobri que o Iron Maiden estava fazendo uma turnê na Europa. E, só de curioso, resolvi fuçar as datas. E não é que eles tinham um show marcado pra terça em Munique?? É muito rabo!!

Abre parêntese. Fato um: o Iron Maiden é a maior, melhor e mais seminal banda de heavy metal da história. Fato dois: é a banda que eu mais amo. Se não fosse o Kiss, eu não tinha começado a escutar metal, mas se não fosse o Iron eu não tinha continuado até hoje. Fecha parêntese.


Fui olhar os ingressos e, obviamente, o show estava "sold out" (essas palavrinhas me perseguem). Nem no eBay eu achei. Tive que apelar pra última instância, um site de "fan trade" (uma espécie de cambista virtual legalizado) que meu brother e conoisseur geral das mutretas cibernéticas So havia me indicado. Lá encontrei o ingresso e, após pensar longamente por dois segundos resolvi comprá-lo, mesmo com dois pés atrás sobre se conseguiriam entregar a tempo. Dei o endereço da escola de alemão na expectativa que receberia o dito cujo no mesmo dia do show. Dito e feito: qual não foi minha euforia hoje, após o almoço, ao me deparar com um envelopinho da DHL em cima da minha mesa. Yuuuuuupppppiiii! Parecia uma criança: mal consegui prestar atenção na aula! Findo o dia mais longo do curso, zarpei para a estação de trem e fui pra Munique. Lá tomei o metrô até o Olympiahalle, ginásio que faz parte do complexo esportivo das Olimpíadas de 1972 (de triste memória), onde rolaria o show. 

Abre mais um parêntese. Vamos agora aos mitos e verdades. "Mas você já não foi a uns duzentos shows do Iron Maiden?" Mito. Só fui a cinco! :) "Mas os shows deles não são todos iguais?" Meia-verdade: tem umas seis músicas que nunca saem do repertório, mas o resto sempre muda, e eu gostei bastante do disco novo. "Mas a Eddie não é uma coisa meio ridícula?" Verdade! Fecha parêntese.

Às oito começou a banda de abertura. O Iron sempre gosta de dar um ponto pras bandas novas inglesas (como o horrível Thunder em 1993), e dessa vez não foi diferente. Era um tal de Rise to Remain, mas a banda mandou muito bem, apesar de uma certa "síndrome Soilwork":  estrofe sempre no cacete (ou "pula-pula") e refrão sempre hipermelódico. O vocalista é muito, muito bom (timbre e técnica), porém as músicas são meio parecidas e, por isso, nada me saltou aos ouvidos - pelo menos de primeira.


Às nove em ponto rola "Doctor Doctor", do UFO, nos falantes (a costumeira "deixa" para o Iron entrar) e, em seguida, a introdução gigantesca do disco novo. As primeiras são "The Final Frontier" e "El Dorado", emendadas no primeiro clássico da noite: "Two Minutes to Midnight". A partir daí a platéia, de umas cinco mil pessoas (aliás, que legal ver o Iron em um lugar menor do que estamos acostumados no Brasil!), estava completamente conquistada, e a banda alternou sons novos e antigos - como manda o figurino. Me desculpem, mas não tem como não se emocionar com "The Trooper", "The Evil That Men Do" ou mesmo "Blood Brothers" - mesmo que você as tenha escutado um milhão de vezes na sua vida. Porque o Iron, além de tudo aquilo que eu disse lá em cima, ainda é, provavelmente, a melhor banda ao vivo que existe. Os caras têm talento, estrada, e o principal: muito tesão pelo que fazem. Isso tudo aos cinquentinha! E como canta o Bruce, meu amigo!

O som estava perfeito e eu peguei um lugar sensacional - acho que nunca tinha conseguido ver e escutar tão bem um show do Iron. Depois de duas horas, zilhões de fotos tiradas, duas Eddies gigantes e um final de cortar os pulsos com "The Number of The Beast", "Hallowed Be Thy Name" e "Running Free", restava sair correndo (sem trocadilho) pra pegar o último trem da noite em direção a Prien - não sem um sorriso idiota estampado na cara.


E claro que fiquei camarada do alemão ao meu lado no ginásio. Impressionante como nesses shows de metal você se sente íntimo de todo mundo que tá ali, mesmo sem ter, a princípio, qualquer outra afinidade ou proximidade - ainda mais num país diferente. Mas enfim, é como dizia a camiseta de um cara que estava na minha frente: "You'll Never Bang Alone"…

PS - Esse post é dedicado ao Anderson e à Roberta, que sempre disseram que os fãs de Iron Maiden são os mais chatos do mundo. Depois de ter escrito (e lido) tudo isso, não consigo discordar! :p

sábado, 28 de maio de 2011

Surfin' FRG

Não, não resolvi dar uma "passadinha" no Hawaii. A foto abaixo foi tirada em pleno Englischer Garten em Munique. Se me falassem eu não acreditaria, mas uns malucos surfam, literalmente, no riozinho que corta o parque. Não me peçam pra explicar, que eu não sei como funciona a bagaça. Só sei que meus amigos Alê (do trampo) e Alê (da banda) iam adorar!


Munique é a capital da Bavária, provavelmente o lugar que melhor justifica os estereótipos alemães - os caras pançudos com trajes típicos, as mulheres de vestidos longos e os Biergartens. De modo que, além de estudarmos alemão (somos CDFs ou o quê?) na casa de uma colega de curso - aliás, que turma bacana! -, fomos fazer o programão de turista da cidade, que é visitar a Hofbräuhaus. Lá tomei uma bela caneca de um litro de breja, acompanhada por algo que devia ser um legítimo pernil de brontossauro (só podia, pelo tamanho), que não pude deixar de pedir após vê-lo no prato da mesa em frente.

Já de volta a Prien, temo que dentro de alguns minutos cairei numa tremenda cilada - bater ponto numa tal "festa brasileira" num tal de "Hacienda" (é, você entendeu! Ou não?). 

Tudo pela camaradagem… ;) Tschüss!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Aftas chiarden Doen...

Ops, demorou mas chegou (o post, hehehe). Fiquei meio preguiçoso nesta semana, confesso. Acho que também não queria aborrecer ninguém com divagações sobre pronomes possessivos ou sobre o uso do artigo definido masculino nos casos nominativo e acusativo. Basicamente são desse tipo as minhas fontes de preocupação nesta semana. Mas tá realmente divertida a brincadeira. A escola parece ser bem boa e achei a professora sensacional (thanks Fe e Dedé pela dica!), e acho que estou aprendendo mais e mais rápido do que esperava - o que, ainda assim, não quer dizer muita coisa. Mas já dá pra travar um diálogo básico no restaurante e não morrer de fome. 

Também está divertido "brincar de casinha" em outro país, e fazer o programa que provavelmente mais nos ensina sobre os costumes locais: ir ao supermercado! :)

O clima esteve bom a semana toda, mas foi só chegar sexta-feira que o tempo fechou (aqui também é assim, veja só!) - o que, porém, não vai me impedir de dar um rolê neste finde. Nada muito complexo, na verdade. Minha idéia inicial era ir para Zurique e emendar em um show do Amorphis que vai rolar ali perto, mas acabei desistindo. Entre outras coisas, descobri que não há trens diretos entre Munique e a Suíça (embora a distância não seja grande, você tem que fazer em média umas três conexões e a viagem demora umas seis horas) e a hospedagem por ali é o olho da cara. Então, ficará pra próxima (snif), e provavelmente me pirulitarei para Munique mesmo. 

Outras opções "internacionais" interessantes são Salzburgo e Innsbruck, na Áustria - com mais probabilidade para a segunda, que ainda não conheço. Quem sabe no próximo fim-de-semana - que será, aliás, o último da TFM... :p