Indo para Sydney, agora de verdade. Como sobrou um tempinho pra teclar no aeroporto, aqui vão algumas coisas que acabei deixando de lado nos posts anteriores.
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Não podia deixar a NZ sem conhecer o tal do kiwi. Para um povo que se autointitula "kiwi", nas mais diversas circunstâncias - como se nós brasileiros usássemos o "canarinho" sempre, para além do contexto futebolístico -, não é pouca coisa.
Bem, o kiwi é um pássaro pra lá de esquisito, do tamanho de uma galinha, que tem pêlos no lugar das penas, e um bico fino e comprido. É tipo… um tamanduá em forma de ave (hahaha, essa comparação foi péssima, mas vou patentear anyway). Trata-se um dos símbolos nacionais da NZ, junto com o… kiwi!!! Nesse caso, a fruta. Convenhamos, que povo mais sem criatividade!
Mas voltemos ao kiwi, o pássaro - ou algo remotamente parecido com isso. Aprendi algumas curiosidades sobre o bicho, como:
- É a ave mais parecida com um mamífero, não só por causa dos pêlos, mas também por outras características, como a temperatura do corpo;
- Pode viver até 60 anos. E é monogâmica!
- Está em extinção, e por isso é muito difícil encontrá-la solta na natureza.
- Tem hábitos noturnos. Para vê-los em cativeiro, o pessoal monta um habitat escuro, iluminado apenas por lâmpadas vermelhas, pois o dito cujo não reconhece essa cor.
Agora, fico na expectativa de ver mais animais bizarros na Austrália, campeã mundial na modalidade.
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Outros comentários esparsos:
Comida: Passei em branco no quesito quitutes locais. Na verdade, se me perguntarem qual é a comida típica da NZ, não saberia dizer. Eles tentam forçar a barra e dizem que é carne de cordeiro, mas não vi ninguém comendo esse troço e, convenhamos, isso tem em todo lugar, seja Nova York, Cancún ou, se bobear, até na baixada do Glicério. Bom, a real é que o pais foi colonizado pelos britânicos, e isso já não é um bom começo, haja vista sua propalada inaptidão para a gastronomia. E foi depois "invadido" (no bom sentido) pelos asiáticos, que trouxeram (e mantiveram) a sua culinária original. Enfim, acabei passando a semana à base de sandubas e congêneres mesmo.
Povo: falando nisso, é impressionante a quantidade de asiáticos no pais. Chineses, japoneses, coreanos (mais), malaios, indonésios, filipinos, indianos (menos), etc. Nesse sentido - e mais alguns que não saberia dizer agora -, Auckland me fez lembrar um pouco de Toronto. No geral, é um povo bem simpático e aparentemente de bem com a vida. Alguns locais me confirmaram mesmo que o mais importante para o neozelandês comum é saber o que ele vai fazer de bom depois do trabalho e/ou no fim de semana! Achei isso genial. Escutei uma frase sintomática da agente de viagens do hostel: "here we don't have night buses; we Zealanders value our sleep". Talvez por isso tanta gente esteja se mudando pra lá pra tentar a vida…
Música: não encontrei nada muito interessante. Mas também não procurei. Ou esse povo não escuta muito música (menos provável), ou o CD realmente já virou artigo de museu, pois nāo trombei com nenhuma loja.
Cinema: eles se orgulham muito da indústria local, e dizem que o neozelandês costuma sair muito para ver filmes. Estava rolando uma espécie de festival em Auckland, me arrependi de não ter ido.
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Pra finalizar, informações de suma importância para minha mãe: estou me alimentando bem, dormindo bem e não estou passando frio. Só mentindo um pouco! Rarará! Brincadeira... Beijo mãe!