segunda-feira, 28 de março de 2011

Tas

Alguém há de perguntar: que diabos eu vim fazer na Tasmânia? Eu sei, o trocadilho foi infame, mas a pergunta faz sentido. Acho simplesmente que gosto de visitar lugares inusitados; mas, nesse caso, a ilha vale a pena, pois todos dizem que é muito diferente do resto da Austrália. Além disso, ela fica relativamente próxima a Melbourne - uma hora e pouquinho de vôo.

A Tasmânia tem um passado ligado a navios (por causa do porto) e bandidos (por causa da famosa prisão em Port Arthur). Talvez eu tenha equivocadamente associado essas duas coisas em algum momento da minha vida, pois sempre imaginei a capital Hobart como sendo um ponto de encontro de piratas! A minha impressão foi reforçada rapidamente, já que o hostel, todo de madeira, leva um baita jeito de taverna (deu vontade de pedir rum no bar). Foi confirmada em seguida, quando descobri que o principal pub do local, que leva o singelo nome de Drunken's Admiral, tem esculpido em sua fachada o "Jolly Roger" (a famigerada caveirinha supensa sobre dois ossos cruzados). E foi tornada praticamente incontestável quando resolvi sair para comer algo e descobri que não existe nada - absolutamente NADA, acredite - acontecendo na cidade após as 10 da noite. Nenhuma pessoa andando pelas ruas. Nenhum carro cruzando as esquinas. Nenhum estabelecimento aberto - nem o Drunken's Admiral! Uma cidade fantasma, portanto - ou regida sob algum toque de recolher que eu desavisadamente ignorei.


Ao amanhecer, eu parecia estar em outro lugar. O movimento havia voltado, o sol estava bombando e havia pessoas felizes e saltitantes por toda parte. Onde tava todo mundo no dia anterior, afinal? Bom, já que o tempo curto não permitia muitas divagações, deixei pra lá e tentei conhecer o máximo da região em um só dia. O mais importante, claro, foi encontrar o símbolo local - ele mesmo, o bichinho simpático da foto. Sim, pois apesar da fama de mau e agressivo, o demônio da Tasmania até que se saiu muito encantador. OK, não tanto como um koala, aí é sacanagem! E OK, talvez ele não estivesse com muita fome na hora, rs… Ele tem o tamanho de um cachorro pequeno e parece realmente hiperativo, assim como seu equivalente dos desenhos animados - por isso mesmo foi difícil clicar a figura. Mas, enfim, aí está!

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Finalmente, após duas semanas de beliches compartilhados com os mais diversos seres - dos mais agradáveis aos mais bizarros, dos mais organizados aos mais sujinhos -, tenho um quarto só pra mim. Esta noite passo em Sydney e, como estou "espremido" entre dois vôos - vindo de Hobart e indo para Perth amanhã cedo -, decidi pegar um Formula1 ao lado do aeroporto, para evitar deslocamentos desnecessários. Lógico que não dá pra fazer isso sempre, mas é ótimo dar essa parada estratégica e lembrar como era ter privacidade...

Falando em Perth, ficarei por lá na casa do meu ex-colega de IDC Brendan Conroy. A se julgar pelas fotos que ele mostrava - e pela propaganda que fazia, hehehe - o lugar deve ser incrível. Cheers mate!

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