Toda vez que eu comentava pra alguém que iria pra Melbourne, esse alguém me perguntava: "ah, você vai ver a Fórmula 1?" Mas não era uma ou outra vez. Isso aconteceu em 100% das conversas! Eu já disse aqui neste mesmo espaço que sou iletrado em qualquer esporte que não seja futebol, e esta é mais uma prova concreta - uma vez que a viagem calhar de cair no fim-de-semana das provas se tratou somente de uma bela coincidência.
Quando cheguei em Melbourne, a primeira coisa que escutei foi "você não vai mesmo ver a Fórmula 1?" Olhei pro lado e não tinha ninguém. Era eu mesmo me perguntando! Acho que fiquei tão sugestionado com essa história que não conseguia mais imaginar não ir ao autódromo. Quando descobri que o Albert Park ficava a meras cinco quadras do meu hostel, a decisão estava tomada. Meu tour pela cidade tinha sido automaticamente adiado, e eu iria ver os treinos da Fórmula 1. Foi fácil: entrei na web, comprei, pedi pra moça do albergue imprimir, em 20 minutos estava lá sentado vendo as proezas dos pilotos - pena que há uns vinte anos não tenhamos mais nenhum brasileiro confiável para quem torcer… Em resumo, foi muito legal a minha experiência em F1 ao vivo, e tão longe de casa!
Mas, mal sabia, o meu dia ainda não tinha terminado. Voltando das provas (em que Red Bull e McLaren reinaram), peguei um caminho errado, mais comprido é claro, e por acaso me deparei com uma casa de shows, bem bonita. No letreiro estava escrito: "Eddie Vedder - 24 e 25 de março". Ah, sim. O que??? Eddie Vedder ao vivo hoje???
Caraca, eu já tinha gasto uma grana com a F1 mas precisava ver esse show! O Eddie Vedder fez a trilha sonora de um dos filmes que eu mais amo, "Into the Wild" - e também um dos grandes motivos para eu decidir fazer justamente esta viagem. Não podia deixar passar! Porém, cheguei mais perto e vi, no mesmo letreiro, em letras menores: "SOLD OUT". Ah e daí? Resolvi ir lá perguntar, e fui agraciado com a esperança remota de conseguir algo em uma leva de última hora. Após duas horas e meia na fila junto com mais uns poucos abnegados, veio o promotor do show e disse que não iria rolar. Bom, não era pra ser!… Estava quase indo embora quando chegou um sant…, ou melhor, um cambista (os do Brasil são melhores, aqui demorou pra chegar) me oferecendo um lugar pelo dobro do preço. Após uma negociação rápida, consegui pagar um pequeno ágio e entrar, faltando cinco minutos pro show!
Bom, daí em diante, confesso, tenho dificuldade em descrever meu estado de êxtase. Estava feliz como pinto no lixo. No repertório, coisas do filme de arrepiar como Big Hard Sun, Society, Far Behind e Rise, entre outras canções executadas com muita garra, talento e alguns tantos goles de vinho (como sempre), por alguém que dominou a platéia acompanhado apenas de seu pequeno arsenal - duas guitarras, dois violões, um bandolim e um ukelele. Isso tudo emoldurado por uma casa de shows simplesmente maravilhosa (a foto acima é do teto do Palais Theatre).
Até agora estou sem chão... e sem teto...
Meant to be! into the wild...keep walking. love you.
ResponderExcluirÉ incrível como até pegar caminho errado pode ser bacana quando a gente está atento por onde passeia.
ResponderExcluirAê meu filho.
ResponderExcluirEstá muito boa essa "nossa" viagem, em especial os momentos não-programados.
Cuidado com os gastos não-previstos, sua amiga Dilma aumentou (e muito) o IOF do cartão internacioonal hehehehe
Primo, essa foi que nem a propaganda da Pepsi! Hehehe
ResponderExcluirABF, realmente agora o bicho vai pegar um pouco mais em termos de grana... Sucks!
Fla Bohone, minha editora de plantao, muito obrigado pela correcao. Nao sei onde estava com a cabeca quando escrevi "novembro" ao me referir a data do show... Alias, sei sim, ela tava longe longe! :)
Você é cagado mesmo, hein? Heheheh!
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