quarta-feira, 4 de maio de 2011

Follow the Moskva

Cumprida a epopéia ferroviária! Dois continentes, dez mil quilômetros e cinco livros depois, estou em Moscou. Na verdade desde anteontem - é que ainda não tinha dado tempo de escrever, hehehe… Mas basta dizer que a trip foi sucesso total! Valeu (de novo!) pelas vibes, que sem dúvida tornaram a viagem muito tranqüila - e divertida. E um "special thanks" ao meu amigo Bloka, que foi o primeiro que botou essa minhoca na minha cabeça! 

Ontem fiz a ronda básica na capital. Eu sempre tento fazer no primeiro dia tudo aquilo que eu faria se só tivesse um dia. Ou seja: Kremlin (dá pra passar horas lá dentro; mas o mais legal foi ter pego uma exposição temporária sobre o Carl Fabergé), Praça Vermelha (na verdade um pátio gigante, só isso) e Catedral de São Basílio (esse sim, o verdadeiro cartão-postal de Moscou, linda por fora e bem curiosa por dentro; como bem disse a Gi, a "matrioshka das igrejas", pois são nove dentro de uma). De quebra ainda resolvi visitar o Museu Histórico do Estado, que fica num prédio lindo ao lado do Kremlin. Mas esse dá pra dispensar numa boa. A múmia do Lenin (literalmente) não deu pra conhecer - o horário de visitação já tinha acabado. Aliás, a Praça Vermelha foi fechada mais cedo ontem para os ensaios do desfile militar do dia 9.


E hoje andei, andei, andei. Resolvi seguir uma sugestão do guia e fazer um "walking tour" de dez (!) quilômetros que passa pelos principais parques da cidade, terminando na Universidade de Moscou. Eu adoro esses passeios que o livro sugere, porque você vai tentando "achar" os pontos turísticos que ele indica ao longo do caminho. E o Lonely Planet não tem foto, o que torna a "descoberta" mais legal. O ponto negativo foi o tal do Gorky Park (dá-lhe Scorpions!), que nada mais é do que um parquinho de diversões safado, e que ainda por cima estava todo em obras, cheio de terra e barro.

Depois de andar, andar, andar, pela primeira vez resolvi passear de metrô. Digo, usar o metrô não como meio de transporte, e sim visitar as estações. E descobri que tudo o que dizem sobre o metrô de Moscou é verdade: é o mais lindo do mundo. Simplesmente paguei uma passagem e fiquei saindo e entrando do trem, só pra ver as obras-primas que são as estações. Chega a ser piada. Uma mais bonita e impressionante que a outra! Mosaicos, alto-relevos, afrescos, vitrais, candelabros… São mais lindas, na verdade, que muitos museus. O engraçado é que as pessoas, já tão acostumadas, passam correndo sem notar as preciosidades que estão à volta…


E, por fim, mais um daqueles lances de sorte que só acontecem com quem viaja. Consegui ingresso em cima da hora para ver um espetáculo no Bolshoi, que era uma coisa que eu queria muito. O detalhe foi "o" espetáculo. Dividido em três partes, tinha pra todos os gostos: um balé de Tchaikovsky, uma ópera de Mussorgsky e um concerto de Rachmaninov - simplesmente três dos russos mais ferrados da música. O cara que conduziu a orquestra em todas as peças, Gennady Rozhdestvensky, é um dos maestros mais premiados do mundo. E foi apresentação única, ou seja, era hoje ou nunca. Ou seja: a-ni-mal!

Um comentário:

  1. Que fantastico!!! so happy for you!
    E ainda exposicao do Faberge and Bolshoi...
    Priceless.
    Carinho and very good vibes.
    S

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