segunda-feira, 23 de maio de 2011

I am a Viking

OK, cá estamos de volta ao convívio social - e virtual. Juro, depois de uma semana confinado em um mundo que parecia perfeito - paisagens de tirar o fôlego, comida sensacional, energia positva de sobra, e muito tempo pra refletir, conhecer melhor a si próprio e encontrar pessoas muito bacanas -, não é nada fácil retomar contato com a, digamos, "vida real".

Apenas voltando um pouco no tempo, há mais ou menos uma semana estava eu em Oslo verificando que a cidade decaiu muito de cinco anos pra cá - ou seja, desde quando a visitei pela primeira vez. Relativamente suja (para os padrões escandinavos, claro), com muita gente na rua pedindo dinheiro, e transmitindo uma leve e inesperada sensação de insegurança no ar. Estranho! Pra compensar, em mais uma dessas coincidências doidas da viagem, calhou de que o dia em que eu iria para Hedalen - duas horas a noroeste da capital - era 17 de maio, o dia nacional dos caras. É impressionante: simplesmente todo mundo sai às ruas empunhando suas bandeiras vermelho-e-azul e rola um mega-desfile (este não é militar, ufa!) com crianças de todas as escolas da cidade. E a maioria das mulheres, nesse dia, coloca seus trajes típicos. Muito legal! Eles são bem orgulhosos dessa data, pelo que pude depois confirmar conversando com alguns locais.


O retiro em si… bom: foi uma experiência realmente incrível. Foi a primeira vez que fiz algo do gênero e gostei pra caramba. Vou aqui nos poupar de quaisquer comentários ácidos sobre situações pitorescas (é claro que elas existem), mas não seria de bom-tom e nem faria jus ao resultado final da coisa toda - que foi bem positivo. De fato é impressionante como a gente precisa de um certo isolamento e distanciamento do nosso dia-a-dia pra realmente se concentrar nas nossas próprias questões e enxergá-las com mais clareza (desculpem o discurso boa-praça batido, mas é a mais pura verdade). Não que você saia dali com todas as respostas que você precisa, mas no mínimo volta mais centrado e com a alma reforçada. Foi mais do que um simples espaço para meditação - foi uma pequena jornada espiritual, coisa que, confesso, estava faltando um pouco pra mim nos últimos tempos. Enfim, quem quiser conversar mais sobre o assunto, estou disponível para umas cervejas. A partir de 13 de junho, frise-se! E aproveito o intervalo comercial para mandar um "thanks" pro meu brother Alê e para meus colegas-e-amigos Mauro e Land, que me deram o caminho das pedras :)


Hoje já estou na "fofa" cidade de Prien am Chiemsee, perto de Munique, na Alemanha, onde darei início a mais uma jornada - tão difícil quanto, e talvez mais sofrida - que é tentar aprender essa língua desgracenta. Durante os últimos meses cansei de responder à mesma pergunta: "Por que diabos vocé resolveu aprender alemão? Não serve pra nada e é uma língua feia do caramba!"

Sem discordar, prefiro ater-me ao simples e pueril "porque sim"… :)

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