sábado, 14 de maio de 2011

Round and Round

Reykjavik deve provavelmente ostentar o recorde de bares e casas noturnas por metro quadrado. Ou por habitante. Aqui a vida boêmia é agitada - talvez uma das mais agitadas que eu vi nessa viagem. O fato de escurecer (e mahomeno) bem tarde colabora - o povo fica tomando cerveja e emenda na balada. Agora, vou te contar, sai cara a noitada! Mas pelo menos nenhum lugar cobra pra entrar, o que ajuda bastante. E isso gera um fenômeno interessante: o povo fica mudando de bar a noite toda, à medida em que acaba a música em um, o outro fecha, aquele mia. Acaba virando uma espécie de peregrinação, e as ruas da cidadela ficam bem animadas. When in Rome, comecei ontem tomando cerveja num pub básico (onde, confesso, me diverti com uma dupla que tocava "crássicos" do rock), passei para uma balada eletrônica (que estava bem caída), uma casa de heavy metal (sim senhor!, e onde se apresentava uma banda de "doom" metade-bacana-metade-tosca) e finalizei num point GLS "moderado" (ainda bem que tinha o "S"). E adivinha? Era o lugar mais bombado e com o melhor som da noite! Pra variar...


Hoje de manhã fui fazer o tal do whale watching. Essas coisas são sempre um tiro no escuro, você pode encontrar milhões de baleias saltitantes num dia e no outro não ver absolutamente nada. Em meio a alarmes falsos, à convicção da guia que havia passado na nossa frente um grupo de golfinhos ("500 meters, twelve o'clock!" - e confesso, não vi p**** nenhuma), duas baleias emergiram bem pertinho do barco, o que já valeu o passeio. Em seguida fui, finalmente, visitar o tal do Blue Lagoon, um complexo geotermal que virou, talvez, o principal ponto turístico daqui. Mas faz jus, pois é realmente muito bacana - e a água é, de fato, de um azul impressionante, graças (acredito) aos minerais e à sílica próprios do local. 

Daqui a pouco vou visitar a inauguração do Harpa, um centro de música e convenções que pretende (isso sou eu quem está dizendo) ser um marco visual e cultural da cidade mais ou menos como a Opera House está para Sydney - inclusive do ponto de vista arquitetônico, já que o projeto aqui também é moderno e polêmico. Aliás, na cidade só se fala nisso, e cá entre nós a casa está sendo inaugurada sem a fachada estar totalmente finalizada - culpa dos chineses que forneciam o ferro das estruturas externas, conforme jogou no ventilador o arquiteto responsável. É meu amigo, pensa que no primeiro mundo não tem bafão também?

2 comentários:

  1. Desencavando: lembra do The Blue Oyster, no Luocademia de Polícia? Pam-param-para-ra-ra-raaaaaaaaaam... http://youtu.be/jo3m2ATiomY

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