Cá estou, sem o menor glamour, dentro da lavanderia do hostel, já de volta a Londres, tentando me distrair um pouco enquanto enfrento esta agonizante e desinteressante espera pela próxima fornada de roupa - pela qual paguei os olhos da cara. Coisas de mochileiro, enfim.
Fazendo uma rápida recapitulação de ontem, acabei indo mesmo no tal do Harpa e vi quatro bandas islandesas se apresentando na seqüência. Haveria muitas outras depois, mas resolvi dormir mais cedo para recompor um pouco das energias. Algumas constatações básicas: (1) o lugar é bem bonito, por dentro e por fora; (2) fiquei impressionado com a qualidade das bandas, gostei MUITO de pelo menos três delas; (3) os roadies ali são supereficientes, pois a cada meia hora o palco tinha que ser todo arrumado para a próxima banda - em apenas sete minutos! Mas falando um pouco mais sobre as bandas, o que ficou claro é que, independentemente do estilo, todas buscam uma identidade própria e parecem ter liberdade artística para fazer o que bem entenderem com seu som. Tudo isso, somado a uma formação musical decente, não tem como dar errado. Como é bom ver (e escutar) música assim!
Após míseras quatro horas de sono e momentos infernais no aeroporto de Reykjavik (entre 7h40 e 7h50 saem uns oito vôos, é uma montanha de gente sendo despejada ao mesmo tempo nas filas de check-in), fiquei pensando nos dias anteriores e em como curti a Islândia. Em poucas palavras - valeu muito a pena ter tido esse "surto" de ir pra lá!
Voltando o raciocínio a Londres. Hoje decidi "pagar uma dívida" e visitar Camden Town, lugar que inexplicavelmente nunca estive antes. Resolvi chegar até lá caminhando pelo Regent's Park e ao longo do canal que leva até lá (foto) - muito agradável o passeio. Nos mercados da área (Camden Lock e Stables - esse último, a definição mais próxima da palavra "labirinto"), vende-se de tudo e come-se de tudo. Pra quem precisa de "retail therapy" (é incrível como acham palavra bonita pra qualquer coisa), o que não era especificamente o meu caso, Camden Town é um paraíso.
Amanhã continuo a minha saga (palavra de origem islandesa, by the way!) em direção à Noruega, e como já tinha adiantado aqui (ou não - já nem me lembro mais do que escrevi), passarei a semana como uma legítima alma elevada, meditabundando e comendo veggies em um lugar isolado a mais ou menos uma hora de Oslo. Sinceramente não estou contando com a probabilidade de ter acesso a internet ou celular - o que, convenhamos, tiraria toda a graça da coisa -, de modo que minha "legião" de leitores também terá um retiro espiritual forçado deste que vos escreve. See ya!
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