Voltando algumas horinhas no tempo, hoje foi um dia dedicado a museus - ame-os ou odeie-os, não há viagem sem eles.
Começamos pelo Museu Ghibli, uma mais-que-bem-vinda sugestão da Gi. A compra da entrada foi uma via-crúcis: tem que ser feita com bastante antecedência, em agências de turismo especificas, e marcando dia e horário para a visita. Pra se ter uma idéia, os nossos ingressos foram comprados há duas semanas, em Sydney (só a essa história já valia um post, mas deixa pra lá). Para quem não sabe, o Ghibli é dedicado à obra do Hayao Miyazaki, um dos maiores diretores de filmes de animação do mundo, e cuja produção mais famosa no Brasil é o clássico "A Viagem de Chihiro". Nem as informações exclusivamente em japonês, nem o meu relativo desconhecimento do trabalho do cara foram suficientes pra quebrar o encantamento. Em uma casa de formas idílicas, que mais parece ter sido projetada pelo Gaudí, o museu é um libelo a uma forma de arte praticamente fadada ao desaparecimento: a animação feita totalmente à mão, sem quaisquer recursos computacionais. Para quem gosta de desenhar como eu, foi emocionante ver como é o processo de animação quadro a quadro, entender como se escolhem e se definem as cores e, principalmente, folhear cópias dos roteiros originais dos filmes do Miyazaki. Simplesmente sensacional.
À tarde, optamos por um diametralmente oposto, o tradicional Museu Nacional de Tokyo. A idéia era chegar a tempo de circular ali por uns noventa minutos, mas para nossa surpresa, o horário de fechamento havia sido antecipado em uma hora. Sem pestanejar, topamos o desafio e batemos um recorde mundial: "conhecemos" a história toda do Japão - e aí se vão séculos e séculos - em pouco mais de meia hora! Budismo, samurais, quimonos, arte do período Edo, louças, espadas: nada escapou do nosso olhar apressado! Uma pena, lógico que deu dó de fazer a coisa desse modo; por outro lado, numa viagem apertada como a nossa, provavelmente teríamos dificuldade de voltar ali outro dia - haja vista que o museu fica nos cafundós do Parque Ueno. Mas para quem for a Tokyo, duas dicas: (a) não deixe de visitá-lo, vale muito a pena (principalmente se for o único museu que pretende visitar, pois lá tem de tudo); e (b) se puder, reserve umas três ou quatro horinhas para o tour completo… :)
Povo excepcional, experiencia fascinante!
ResponderExcluirBeijos para a Gi, para voce e para a familia da irma dela.