Existe um templo no sul de Kyoto, chamado Fushimi, em que a grande atração são longos corredores formados por toriis. Recorrendo à Wikipedia: um torii é um "portão tradicional japonês, ligado à tradição xintoísta e que assinala a entrada ou proximidade de um santuário". Pois bem. Chegando lá, vimos que esses corredores são bem mais longos do que a gente esperava - na verdade é um belo dum labirinto! Desistimos de ir até o final (que final?) após termos passado sob mais de quinhentos desses portões, sem exagero. Mas o efeito hipnótico e vertiginoso que eles causam é muito legal - pelo menos deu pra tirar umas fotos interessantes.
Da religião à diversão: à tarde fomos conhecer o Museu Internacional do Mangá. Cá entre nos, ele tem uma seção realmente boa - em dez painéis, conta a história do mangá e explica todo processo por trás da sua criação e comercialização. Porém o resto é um pouco decepcionante. Não por ser um mau museu, mas simplesmente por nem ser um museu; mais correto seria chamá-lo de biblioteca, pois há um enorme acervo dos livrinhos à disposição para leitura. E só! Muito louvável - se eu fosse japonês e tivesse crescido lendo mangás, adoraria. Como nenhuma das alternativas se aplica, fomos embora mais cedo do que o previsto.
Cai a noite, e sem querer - ah, as surpresas! -, dentro de um dos vários parques da cidade, demos de cara com mais uma daquelas coisas que só se vêem por aqui. Eram três senhoras tocando koto, instrumento tradicional japonês semelhante a uma harpa. Pegamos só o finalzinho da apresentação, mas foi o suficiente pra lavar a alma. Tava faltando um pouco de música nessa viagem… Agora não tá mais!
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