segunda-feira, 11 de abril de 2011

Volcano

Após uma verdadeira meia-maratona com barreiras (incluindo estações de trem mal sinalizadas, malas pesadas, escadas rolantes sem funcionar e, mea culpa, um pouquinho de atraso na saída do hotel), conseguimos chegar à estação central de Tokyo para, miraculosamente, adentrar o trem bala com destino a ilha de Kyushu faltando apenas míseros dois minutos pro comboio fechar as portas e zarpar. Eita anjo da guarda bom de serviço! 

Na verdade foram três viagens: de Tokyo a Osaka, de Osaka a Fukuoka e de Fukuoka a Yatsushiro, onde o casal nos esperava para ainda pegarmos umas boas duas horas de estrada ate Hitoyoshi. Cada vez mais longe da civilização, pensava eu (e da radiação, eba!). Mas mesmo numa cidade japonesa comparativamente pequena, como Hitoyoshi, há tanta infra-estrutura que você nunca chega a pensar que está no fim do mundo. De qualquer modo, posso dizer que, pelo menos logisticamente falando, nunca estive tão longe de casa! 



Isso era sexta-feira. No dia seguinte, Lu e Koichi - os melhores anfitriões do mundo - nos levaram para conhecer a região. A primeira (e mais importante) parada era o monte Aso. Considerada a maior caldeira do mundo, o sitio é, na realidade, um conjunto de crateras de vulcões inativos - embora a principal delas (que, sorry, esqueci o nome) costumeiramente ainda expele gases sulfurosos. Demos sorte e pegamos a dita cuja em plena atividade: a concentração dos gases estava no nível três, em uma escala de um a quatro. Um nível a mais, e o lugar estaria fechado pra visitarão por conta dos riscos à saúde!

Mais tarde visitamos um onsen - o nome correto pro tal "banho quente coletivo" do episódio anterior - mas, dessa vez, em um lugar sensacional, onde as águas provem das fontes geotermais da região. Escolado como nunca, consegui praticar a arte como um legitimo oriental - pelo menos desta vez não tomei nenhuma bronca, rarará! O lugar é um complexo de salas de banho e saunas dos mais diversos tipos, uma mais bacana que a outra. Altamente relaxante (te juro, quem dera poder fazer isso todo dia), o que justifica, dentre outras coisas, a saudável longevidade desse povo… 

Um comentário: